George Harrison






George Harold Harrison, MBE, (Liverpool, 24 de Fevereiro de 1943 — Los Angeles, 29 de Novembro de 2001), foi um músico britânico, famoso por ter sido o guitarrista, compositor e cantor dos Beatles. Foi também produtor de cinema.

George Harrison nasceu em 25 de fevereiro de 1943 em Liverpool, Inglaterra. Harold, o pai, era motorista de ônibus e membro ativo do sindicato de sua categoria e Louise, a mãe, era dona de casa.

Sua família tinha origem irlandesa já que seus avós maternos vieram de Wexford. Durante sua infância ele viveu em uma casa localizada na 12 Arnold Grove, no bairro de Wavertree, Liverpool.

Em 1950 a família se mudou para 25 Upton Green, em Speke. George tinha ainda dois irmãos e uma irmã (Peter, Harry e Louise).

Aos 11 anos, após passar em um exame, George começou a freqüentar o Liverpool Institute for Boys (atual, Liverpool Institute for Performing Arts), onde ele conheceu Paul McCartney.

Harrison e McCartney não só estudavam na mesma a escola como também moravam no mesmo bairro, em Speke, e freqüentemente pegavam o mesmo ônibus para ir à escola.

George comprou sua primeira guitarra aos 12 anos, uma Egmond, por 3 libras e 10 shillings. Pouco depois comprou sua primeira guitarra decente, uma Hofner President e formou um grupo de skiffle chamado

The Rebels com seu irmão Peter e um amigo, Arthur Kelly. Quando Paul McCartney descobriu que George tocava guitarra, convidou-o para ver a banda da qual ele fazia parte. Em 1958, Paul apresentou George a John Lennon que acabou o aceitando na banda Quarrymen, que se tornaria posteriormente The Beatles.

O primeiro sinal de câncer de George apareceu na década de 90, no pulmão. Ele enfrentou várias cirurgias para eliminá-lo.

Em 2001, o câncer reapareceu em metástase. Apesar dos tratamentos agressivos, logo se descobriu que era terminal, decidindo de imediato passar seus últimos dias em família e trabalhar em alguns projetos para posteriormente serem terminados por sua viúva e filho.

Segundo o site Netparque, “Quando às oito da manhã de sexta-feira, 30 de Novembro, o Mundo soube da morte de George Harrison, já o seu corpo tinha sido cremado e as suas cinzas a caminho de um rio sagrado da Índia.

O ex-Beatle preparou ao milímetro a sua morte, longe da ribalta, discretamente, como era sua filosofia de vida, não permitindo a invasão da sua privacidade e da sua família.

Só três pessoas sabiam onde e como George Harrison iria morrer: a mulher, Olivia, e o amigo, Gavin De Becker, que se encarregou do plano, como o NetParque oportunamente noticiou.

Nem o filho, Dhani, sabia onde o pai iria morrer, para que o círculo do segredo ficasse ainda mais fechado.

O jornal britânico “News Of The World” conta este domingo como tudo se processou.

No dia 14 de Novembro, quando estava internado em Nova Iorque, George Harrison foi avisado de que já não teria muito tempo de vida. “Onde vou morrer?”, perguntou.

Postas de parte as hipóteses de morrer na sua casa em Londres ou no Staten Island University Hospital, de Nova Iorque, onde estava internado, George Harrison combinou com Gavin De Becker que morreria protegido por este em Beverly Hills, afastado dos olhares do Mundo, depois de ter ponderado a hipótese de sua casa no Hawai.

“George Harrison não queria a sua fotografia num caixão como epitáfio”, disse um amigo.

Tudo foi combinado meticulosamente entre George Harrison e Gavin De Becker, do médico que passaria a certidão de óbito à capela onde seria cremado. 115 contos (”573,62) foi o preço do serviço funerário.

No dia 17 de Novembro, foi dada alta de Nova Iorque ao ex-Beatle. Harrison tinha pouco tempo para se despedir da família e dos amigos.

Entre outros, chamou a irmã, Louise, que dirige o Hotel “A Hard Day”s Night”, em Illinois, e os amigos de sempre Paul McCartney e Ringo Starr.

George e Louise estavam de relações frias, depois de Louise ter aberto o hotel com o nome de uma canção/álbum/filme dos Beatles, o que não agradou ao irmão.

A um Paul McCartney de lágrimas nos olhos, George disse que “já não estaria aqui no Natal”.

Ringo, que estava em Boston à cabeceira da filha, também com cancro, voou de imediato e disse que não sairia de ao pé de George “até ao fim”, adiando para isso a digressão no Canadá.

“Não adies. Eu estou em paz”, respondeu-lhe George Harrison.

Sem publicidade, no dia 17 de Novembro, George Harrison voou no jacto privado de Gavin De Becker para Santa Monica, California, tendo depois sido transportado de ambulância descaracterizada até ao UCLA Medical Centre, em Los Angeles para tratamentos.

No dia 20, a situação clínica do ex-Beatle deteriorou-se, pelo que George Harrison foi transferido para casa de Gavin De Becker, em Beverly Hills, onde ficou isolado. A única visita exterior permitida foi a de Ravi Shankar que lhe tocou cítara.

A morte viria a ocorrer às 13h30 locais (21h30 em Lisboa) de quinta-feira, 29 de Novembro.

Segundo o “News Of The World”, além da família, dois dos seus melhores amigos indianos, Shayam Sundara e Mukunda, entoaram cânticos Hare Krishna, enquanto o ex-Beatle desfalecia.

O corpo de George Harrison foi cremado às 06h30 do dia 30 de Novembro (hora de Lisboa), tendo o caixão sido coberto por pétalas de rosa numa cerimónia Hare Krishna com o ambiente envolto em essência de sândalo.

Um padre Hare Krishna recitou versos sagrados hindus, do livro Bhagavad-Gita.

As cinzas voam segunda-feira, 03 de Dezembro, para a Índia onde serão espalhadas num rio sagrado, provavelmente o Yamuna, a 40 milhas do Taj Mahal, o rio sagrado que o ex-Beatle amava, ou o Ganges.

A família de George Harrison pediu entretanto a todos admiradores do músico um minuto de silêncio na segunda-feira, 03 de Dezembro, às 21h30, como tributo ao guitarrista.

“Estamos profundamente comovidos pela demonstração de amor e solidariedade de pessoas de todo o mundo”, disseram a mulher de George, Olivia, sua antiga secretária na editora, e o filho Dhani, de 23 anos.

Na Austrália vai ser construído um memorial em homenagem a George Harrison, mais concretamente na ilha Hamilton onde o ex-Beatle possui uma vivenda.

O guitarrista dos Beatles refugiou-se nesta sua casa pela última vez em 1999 e os vizinhos descrevem-no como uma pessoa simples, tranquila e sempre longe da multidão.”

George faleceu dia 29 de novembro de 2001 em Los Angeles aos 58 anos de idade. Seu corpo foi cremado e alguns afirmam que suas cinzas jogadas no Rio Ganges embora a família não tenha oficialmente confirmado.

Sua morte foi devido ao câncer que havia atingido ao cérebro. Após a sua morte, sua família emitiu um comunicado: “Abandonou este mundo como viveu: consciente de Deus, sem medo da morte e em paz, rodeado de familiares e amigos”. Harrison costumava dizer: “Tudo pode esperar, menos a busca de Deus.

O álbum póstumo de George Harrison, Brainwashed, foi completado por seu filho Dhani Harrison e Jeff Lynne e lançado em 18 de novembro de 2002, recebendo positivas críticas e alcançando o posto 18 nas paradas de álbuns da Billboard.

Dentre as canções do álbum se destacam o promocional “Stuck Inside a Cloud” e “Any Road” que alcançou o posto 37 nas paradas de sucesso britânicas.

Exatamente um ano após sua morte, Olívia Harrison, sua mulher, e Eric Clapton, seu amigo, organizaram o Concert for George, no Royal Albert Hall, em Londres.

O concerto contou com a presença do filho de George, Dhani, além de grandes amigos como Ravi Shankar, Tom Petty, Jeff Lynne, Billy Preston, Jim Capaldi, Paul McCartney, Ringo Starr, Jools Holland, Albert Lee, Sam Brown, Gary Brooker, Joe Brown, Ray Cooper, integrantes do Monty Python e Tom Hanks.

Vida pessoal.

George Harrison era espiritualista e ligado muito a Deus. Harrison casou-se com a modelo Pattie Boyd em 21 de janeiro de 1966, tendo Paul McCartney como padrinho.

Eles se conheceram em 1964, durante as filmagens do filme A Hard Day’s Night (”Os Reis do Iê-Iê-Iê”, no Brasil).

Muitos acreditavam que a música Something fosse escrita em homenagem a Pattie mas ele negou dizendo que a música foi feita inspirada em uma música de Ray Charles.

No final dos anos 60, Eric Clapton apaixonou-se por Pattie e para ela compôs Layla.

O casamento com Pattie terminou em 1973, e ela acabou casando com Eric posteriormente. Apesar da situação, George e Eric continuaram grandes amigos até a morte de Harrison. E se chamavam de “husbands in law”, uma espécie de “maridos-cunhados”.

Harrison casou-se pela segunda vez com Olivia Trinidad Arias (nascida em 18 de maio de 1948), em 1978.

A cerimônia aconteceu em 2 de setembro na casa de Harrison, tendo o cantor Joe Brown como padrinho.

George conheceu Olivia Trindade Aires em 1974, quando ela era secretária da A&M Records. Em 1 de agosto de 1978, um mês antes do casamento, nasceu o filho deles, Dhani Harrison, aliás o único filho dele.

A mãe de George morreu de câncer em 1970 aos 58 anos de idade; sua música “Deep Blue” (Lado B de um single de 1971), foi inspirada em suas visitas ao hospital. Seu pai morreu de câncer aos 70 anos de idade, oito anos após a mãe.

O irmão de George, Harry, morreu nos anos 90 e Peter em 2007, ambos de câncer.

Harrison era fã de corridas automobilísticas. Ele colecionava fotos de carros e era visto constantemente na área de paddock de várias corridas de Formula 1.

Ele escreveu a música “Faster” em homenagem a Jackie Stewart. No filme Anthology, George, Paul McCartney e Ringo Starr são vistos ao redor de uma mesa conversando com um poster do piloto de formula 1, Ayrton Senna, atrás deles. Ele também era um grande fã de corridas de Mini Cooper.

Curiosidades.

Segundo o livro The love you make, escrito por Peter Brown (diretor da NEMS Enterprises, empresa dos Beatles), George, acompanhado da mulher, teria se declarado apaixonado por Maureen Starkey, mulher de Ringo, durante um jantar que reuniu os dois casais. Segundo Peter Brown, George e Maureen tiveram um caso após o incidente mas ninguém jamais confirmou a história.

Seu único filho Dhani Harrison é fisicamente tão parecido com George que quando foi realizado o show The concert for George, Paul McCartney disse que parecia que George estava lá jovem enquanto todos tinham envelhecido.

Ele usou vários pseudônimos durante sua carreira. Entre eles: Arthur Wax, Carl Harrison, George Harrysong, George O’Hara, Hari Georgeson, Nelson Wilbury e Spike Wilbury.

Em 2003, ele foi classificado no posto 21 da lista “Os 100 melhores guitarristas de todos os tempos” elaborada pela revista musical Rolling Stone.

A canção “Something”, totalmente de sua autoria, é a segunda música dos Beatles mais regravada de todos os tempos, atrás apenas de “Yesterday” e a única outra de sua autoria a chegar ao topo das paradas na época dos Beatles, além de

“For You Blue“, também de sua autoria, que foi single número um em 1970 junto com “The Long and Winding Road” como um sucesso de “single de dois lados”, pela Billboard Hot 100.

Em 2001 participou da regravação sucesso brasileiro Anna Julia, da banda Los Hermanos em um single de Jim Capaldi.

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1976-The Best Of George Harrison



1992-And Eric Clapton-Live

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