Grupo pop sueco menosprezado pelos puristas do rock, mas admirado por pessoas tão diversas como Nelson Mandela e Kurt Cobain, era especializado em canções de amor e ficou conhecido por seu visual moderno e divertido
O Abba que cultivava um estilo pop alegre, que raramente permitia a exploração de temas sérios, alcançou sucesso mundial sem precedentes nos anos 70
Suas músicas se mantinham nas primeiras colocações das paradas superadas apenas pelas dos ‘Beatles’ e algumas delas foram destinadas às discotecas tão em voga no final da década
As músicas do grupo, de gosto duvidoso para vários observadores, não pareciam candidatas a perdurarem, mas mesmo depois da separação em 1983, o sucesso do Abba provou ser mais do que temporário, ainda hoje, cada nova compilação do grupo atrai novos fãs
A origem do grupo remonta a 1966 quando o tecladista e vocalista Benny Andersson, membro da banda de rock ‘Hep Stars’, que ninguém jamais ouviu falar, mas na Suécia era comparada aos ‘Beatles’, se juntou ao guitarrista e vocalista Björn Ulvaeus, líder da banda de folk-rock ‘Hootenanny Singers’.
Os dois começaram a compor para as produtoras ‘Polar Music’ e ‘União Songs’, comandadas por Stig Anderson, ele próprio um compositor e guitarrista de sucesso nas décadas de 50 e 60
Ao mesmo tempo, tanto Benny Andersson quanto Björn Ulvaeus faziam parte de um projeto musical com suas respectivas namoradas: Anni-Frid Lyngstad (também chamada Frida), cantora de jazz, famosa ao vencer um concurso de talentos nacionais e Agnetha Faltskog, vocalista com o recente hit de sucesso ‘I Was So in Love’, número um nas paradas suecas.
Em 1971, Agnetha Faltskog aventurou-se em um trabalho teatral, aceitando o papel de Maria Madalena na produção ‘Jesus Cristo Superstar’ de Andrew Lloyd Webber e sua participação no musical com a música ‘Don't Know How to Love Him’ foi um sucesso significativo
No ano seguinte, a dupla Benny Andersson e Björn Ulvaeus teve um enorme sucesso internacional com ‘People Need Love’, que incluiam Agnetha Faltskog e Anni-Frid Lyngstad nos vocais de apoio
O sucesso do disco fez com que em 1973 recebessem o convite para participarem como representantes suecos no programa anual, televisionado para 32 países e visto por centenas de milhões de pessoas, ‘Eurovision’, onde, sob o nome ‘Björn, Benny, Agnetha & Frida’, eles apresentaram ‘Ring Ring’, a preferida entre o público, mas para os juízes digna de um terceiro lugar.
No ano seguinte, por sugestão do produtor Stig Anderson o grupo foi rebatizado de Abba, acrônimo dos primeiro nomes dos integrantes, e agora inspirados pelo glam rock que crescia na Inglaterra o quarteto apresentou o single ‘Waterloo’, assumidamente glam, e se tornou o primeiro grupo da Suécia a ganhar no ‘Festival Eurovision’.
O primeiro de muitos sucessos internacionais. Em 1975 gravaram ‘S.O.S’, sucesso não só na América e na Grã-Bretanha, mas em vários outros países. E com uma série de outros hits a popularidade do Abba continuou até 1977.
Em 1978, o casamento de seis anos de Björn Ulvaeus e Agnetha Fältskog se dissolveu e o longo relacionamento entre Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad também se desfez.
E todo o sofrimento da separação foi refletido nas canções do álbum ‘Voulez-Vous’ de 1979 e continuou a refletir nas canções do álbum ‘Super Trouper’ do ano seguinte.
No início dos anos 80, várias canções do Abba eram estruturas complexas e o último álbum de estúdio ‘The Visitors’, de 1981, mostrava uma maturidade maior.
‘The Day Before You Came’ de 1982, um dos últimos singles do grupo, era mais um apelo dramático do que uma simples música pop dance. E o quarteto foi oficialmente dissolvido após o lançamento do single ‘Under Attack’ em 1982
E cada um deles embarcou em novos projetos. Tanto Agnetha quanto Anni-Frid lançaram discos solo, enquanto Andersson e Ulvaeus colaboraram no musical ‘Chess’ com o letrista britânico Tim Rice, famoso por sua colaboração com o compositor Andrew Lloyd Webber no enorme sucesso da ópera rock ‘Jesus Christ Superstar’
Entretanto, nenhum dos quatro provou o sucesso que obtiveram com o Abba, principalmente porque em grande parte dos países, especialmente na Austrália e nos da Europa nunca o fenômeno Abba deixou de existir
Compilações de álbuns e hits continuaram a frequentar as paradas por muito tempo depois da morte do grupo e novos artistas se inspiraram no quarteto e encontraram sucesso como o grupo australiano ‘Bjorn Again’, simples imitadores do Abba; a dupla britânica
‘Erasure’ que lançou um CD com quatro músicas covers do Abba, que chegaram ao topo das paradas no Reino Unido, enquanto um disco da ‘Orquestra Filarmônica de Munique’ mostrou Andersson e Ulvaeus como os artesãos musicais.
E o lugar do Abba na história mundial da música popular foi progressivamente crescendo em importância.
Em 1990, com a volta do pop dançante, vários hits do grupo voltaram com o apoio da opinião pública e ficaram em diversas paradas musicais.
Esse avivamento foi liderado em parte pela turma do arco-íris, os gays, cuja afeição pela música do Abba sempre foi imensa e eterna. Em 1993, Andersson e Ulvaeus se juntaram ao grupo irlandês U2 no palco de Estocolmo e apresentaram ‘Dancing Queen’.
Em 1995 as músicas do Abba fizeram parte do filme australiano ‘Muriel's Wedding’ (O Casamento de Muriel) cuja protagonista, uma moça desengonçada de uma família problemática e vivendo uma rotina enfadonha, procura ser feliz ouvindo as músicas do Abba de quem é fã incondicional
‘Mamma Mia!’ o filme musical/comédia romântica de 2008 foi baseado em canções de sucesso do grupo e com músicas adicionais compostas por Benny Andersson. O título se origina da música de mesmo nome, sucesso nas paradas de 1975. E os dois filmes ajudaram a apresentar o grupo sueco a uma nova geração de fãs.
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